As proteínas se caracterizam por ser o
grupo mais abundante de macromoléculas, encontradas dentro e fora das células,
e de importância vital aos seres vivos. Suas funções vão desde catálise de
reações químicas (enzimas), transporte de outras moléculas, transmissão de
impulsos nervosos, proteção imunitária e até mesmo função hormonal, entre
outras.
A alimentação humana deve incluir
proteínas que são encontradas em carne, peixe, ovo,leite e derivados, entre
outros. A Tabela 1 mostra que os alimentos mais ricos em proteínas são aqueles
de origem animal. A grande maioria dos alimentos vegetais, como cereais,
verduras, frutas, tubérculos, é pobre em proteína, com exceção das leguminosas (soja,
amendoim, feijão etc.). No organismo, as proteínas ingeridas dos alimentos são
transformadas em cerca de 100.000 proteínas dos mais diversos tipos, totalizando
um percentual médio de 15% da composição do organismo humano
ALIMENOS TEOR DE PROEÍNA
(g/100g de proteína) %
Carne bovina 27%
Queijo prato 26%
Fígado bovino 26%
Carne de frango 24%
Carne de porco 24%
Peixe 23%
Soja 17%
Ovo 13%
Feijão 6,0%
Ervilha 6,0%
Aveia 3,7%
Leite de vaca2 3,5%
Milho
2,4%
Arroz 2,0%
Batata 1,9%
Banana 1,3%
Gelatina3 1,2%
Cenoura
1,0%
Laranja 0,84%
Mandioca 0,65%
1.Alimentos cozidos, exceto frutas e cenoura.
2.Leite contém caseína, uma proteína de
excelente valor nutricional, mas com alto teor de água.
3.Alguns produtos comercializados com gelatina
contêm pré dominantemente carboidratos.
Fonte: Marzzoco e Torres, 2007
Para a determinação de proteínas em
alimentos, existem várias metodologias, podendo-se utilizar da presença das
ligações peptídicas (método de Biureto), da capacidade de absorção UV (certos
aminoácidos absorvem radiação UV), da presença de grupamentos aminos livres (método
de Ninhidrina), da capacidade de ligação decorantes (método de Bradford),
dentre outros métodos. Porém o mais adotado, sem duvida é o método para determinação do Nitrogênio total em
alimentos, é o método que se baseia na determinação do nitrogênio orgânico,
denominado método de Kjeldahl. (VICENZI, 2000).
De acordo com Andrade (2006), a
metodologia de Kjeldahl fundamenta-se nas característica químicas das proteínas
em possuir em sua molécula o átomo de Nitrogênio,sendo este utilizado para a
determinação indireta da proteína. Para esta determinação do Nitrogênio
total presente no alimento, considera-se que todo o Nitrogênio presente no alimento
seja proveniente da molécula de proteína, desconsiderando o nitrogênio inorgânico.É
uma metodologia lenta, que deve ser cuidadosamente conduzida para se
evitar acidentes ou produção de resultados errôneos.De acordo com Andrade
(2006), o método de Kjeldahl pode ser quimicamente resumido da seguinte forma:
Mineralização:
(C +N+ O + H) + H2S04→ C02+NH3(amônia)
+ SO2
2NH3+ H2S04→(NH4)2S04(sulfato
de amônia)
Destilação:
(NH4)2SO4+ 2NaOH → Na2SO4+2NH3+
2H2
Titulação:
HCl +NH3→NH4Cl(cloreto de Amônia)
NaOH + HCl → NaCl + H20
Na
etapa de mineralização o Nitrogênio é liberado da proteína pela destruição da molécula
de proteína através de reações de oxiredução, ficando no meio sob a forma de um
sal, o sulfato de amônia; a reação inicia com a liberação de fumaças brancas
que correspondem a vapores de CO2,SO2, e outros compostos
voláteis. A etapa de mineralização está concluída quando não há mais liberação
destes vapores. Na etapa seguinte, a destilação, com a adição do NaOH, que
é uma base mais forte que NH3, esta é arrastada e com o aquecimento
volatilizada, sendo borbulhada em solução de ácido clorídrico, formando o sal
cloreto de amônia. Na terceira etapa, a titulação, o hidróxido de sódio
titulado, corresponde à reação desta base com o excesso de ácido clorídrico, e
como se conhece o total de mols de ácido clorídrico adicionado inicialmente e o
excesso de água que reagiu com o hidróxido de sódio, por diferença é possível
determinar o teor de ácido que reagiu coma amônia.
Desta
forma, considera-se que uma proteína possua 16% de nitrogênio, e a partir do
fator de conversão nitrogênio-pronteína que corresponde à relação: 1g N = 6,25g proteína,
calcula-se o teor de proteína da amostra analisada.
FONTES:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/06-EEQ-79-11.pdf
http://pt.scribd.com/doc/44428294/Relatorio-Proteina
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/06-EEQ-79-11.pdf
http://pt.scribd.com/doc/44428294/Relatorio-Proteina
Gostei muito, mas acho que vocês colocaram muita informação em uma pastagem só. Melhor dividir em várias. Mas tá bem completo.
ResponderExcluirGostei bastante,bem completo, resumido apenas mas esta bm
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