sábado, 18 de maio de 2013

BIOSSÍNTESE PROTEICA


Boa tarde!!!
Você já se perguntou como os antibióticos agem nas bactérias para combatê-las e eliminar a infecção???
Pois bem, hoje vamos compreender como a síntese proteica pode ser inibida nas bactérias pela segunda maior classe de antibióticos... 


INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS 

    A síntese proteica constitui uma função central na fisiologia celular, e é o alvo principal de muitos antibióticos e toxinas naturais. A seleção natural favoreceu a evolução de compostos que fazem uso de diferenças mínimas para afetar seletivamente os sistemas das bactérias, de forma que essas armas bioquímicas são sintetizadas por alguns microorganismos, sendo extremamente tóxica para outros. Uma vez que quase todas as etapas da síntese proteica podem ser inibidas por um ou outro antibiótico, esses compostos têm se tronado ferramentas valiosas no estudo da biossíntese proteica!!!




CLASSE DE ANTIBIÓTICOS
  • Aminoglicosídios (estreptomicina, neomicina, canamicina e a tobramicina, gentamicina e a sisomicina)

        Esses antibióticos inibem a síntese de proteínas ligando-se irreversivelmente às proteínas ribossomais 30S, produzindo dois efeitos: produção de proteínas aberrantes como resultado do erro de leitura do RNAm e a interrupção da síntese de proteínas em consequência prematura dos ribossomos do RNAm.

  • Tetraciclinas
       São antibióticos bacteriostáticos de amplo espectro que inibem a síntese de proteínas através da ligação reversível às subunidades 30S do ribossomo, bloqueando assim a ligação do aminoacil-RNA de transferência (RNAt) ao complexo RNAm-ribossomo 30S.
  • Oxazolidonas
       Antibióticos de estreito espectro que bloqueiam o início da síntese de proteínas, interferindo com a formação do complexo de iniciação na unidade 30S do ribossomo.Devido a esse mecanismo, não ocorre resistência cruzada com outros inibidores de proteínas.
  • Cloranfenicol
       Exerce seu efeito bacteriostático ligando-se reversivelmente ao complexo peptidiltransferase da subunidade 50S do ribossomo, bloqueando assim o alongamento do peptídio.


  • Macrolídios ( azitromicina e claritromicina)
       Exercem seus efeitos através de ligações reversíveis à subunidade 50S do ribossomo, bloqueando o alongamento do polipeptídio.

  • Clindamicina 
       Ela inibe a peptidiltransferase, interferindo na ligação do complexo aminoácido-acil-RNAt.

  • Estreptograminas (quinupristina-dalfopristina)
       A dalfopristina se liga à subunidade 50S do ribossomo e induz uma mudança conformacional que facilita a ligação da quinupristina. A dalfopristina impede o alongamento da cadeiapeptídica, e a quinupristina inicia a liberação prematura das cadeias peptídicas do ribossomo.

Espero que este conteúdo tem enriquecido o seu conhecimento!!!!!!
Até logo....

FONTE:
Google imagens
Microbiologia Médica de Patrick R. Murray, Ken S. Rosenthal, George S. Kobayashi e Michael A. Pfaller- 4° ed. 2004
Princípios de Bioquímica de Lehninger David L. Nelson e Michael M Cox-5° ed. 2011
     











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